25/03/2010

Cão resgatado dos escombros sem hipóteses de sobrevivência

Após alguma polémica durante o dia de ontem que veio na sequência da eutanásia aplicada ao "herói" sobrevivente dos escombros ao fim de 30 dias, aqui fica a versão oficial da Spad que explica a realidade dos factos.
Já antes opinei que embora não me considere fundamentalista no que concerne à eutanásia, existem casos específicos em que esta parece a solução menos "dolorosa" para um animal. 
Lamento e muito o desfecho desta história, demonstrativa que o instinto de sobrevivência é por vezes inacreditável, contudo há que reconhecer que o cão ficou muito debilitado e sem condições para ser adoptado.

SPAD diz que o animal tinha uma fractura na coluna que impedia a cura
Data: 25-03-2010 

O presidente da Sociedade Protectora dos Animais Domésticos (SPAD) assegura que o cão resgatado no passado dia 17 de Março nas imediações do Palheiro Golf, depois de cerca de um mês soterrado em escombros resultantes do temporal de 20 de Fevereiro, e que posteriormente veio a ser sujeito a eutanásia naquela associação, apresentava lesões graves que impediam a sua cura.

Citando o relatório clínico, Gonçalo Nuno Santos explica que o animal chegou à SPAD "em sofrimento agudo", nomeadamente com "fracturas nos membros posteriores e na coluna lombar". Para além disso, acrescenta, não tinha "qualquer sensibilidade superficial nos membros pélvicos", num quadro clínico que se traduzia num prognóstico "muito reservado e muito grave". Perante isto, sublinha, e porque "uma fractura de coluna em qualquer ser vivo resulta na morte", a eutanásia apresentava-se como a opção "mais humana e digna para o sofrimento do animal".

O presidente da SPAD admite que várias pessoas mostraram interesse em adoptar o cão, só que, devido ao seu estado, "ele não sobreviveria". Uma reacção à notícia publicada pelo DIÁRIO a dar conta do resgate e que, posteriormente, veio a ocasionar fortes críticas à actuação daquela instituição, nomeadamente através de alguns leitores.

Veterinários alvo de ameaças

Gonçalo Nuno Santos revela que, em consequência deste caso, têm chegado imenso telefonemas à SPAD, inclusivamente com "ameaças gravíssimas" feitas aos veterinários e até aos telefonistas.

O presidente daquela instituição refere mesmo que uma das médicas veterinárias diz "não ter condições para continuar a trabalhar" na instituição porque "a ameaçam de morte".

"Os fanáticos são piores para nós do que as pessoas que fazem mal aos animais", acusa, acrescentando que na instituição "ninguém gosta de aplicar a eutanásia um animal".

A este propósito, Gonçalo Nuno Santos refuta a acusação de que há demasiados animais abatidos pela SPAD. Segundo aquele responsável, há critérios bem definidos para as situações em que se opta pela eutanásia. Nomeadamente quando os animais apresentam "doenças graves" ou quando são "agressivos com quem os circunda".

Outro problema é a questão de própria sobrelotação. "A SPAD tem 200 e tal animais, se não fizesse eutanásias teriam dois ou três mil e nem todo o Campo da Barca chegaria para as nossas instalações", acrescenta, reforçando que a própria qualidade de vida fica comprometida quando o animal é remetido a uma pequena jaula durante muito tempo. "Ficam atrofiados, perdem a sua acção muscular e acabar por não ter qualidade de vida", justifica.

A finalizar, Gonçalo Nuno Santos lembra que a SPAD (que na Madeira assume a incumbência que no resto do país cabe às autarquias) tem uma taxa de adopção na ordem dos 40 por cento, para além de possuir um regulamento interno que vai para além dos prazos estabelecidos pela lei nacional, em relação ao abate dos animais que são recolhidos.

23/03/2010

SPAD recebe ajuda de instituição alemã

A 'Anima - hilfe für tiere' (Ajuda para animais) doou 10 casotas grandes para animais
Data: 23-03-2010 

A instituição alemã de protecção aos animais 'Anima - Hilfe für Tiere' ('Ajuda Para Animais') doou à SPAD - Sociedade Protectora de Animais Domésticos uma dezena de casotas grandes que serão colocadas no Canil Municipal do Sítio do Vasco Gil.

O pedido de ajuda da SPAD surgiu poucos dias após o temporal do passado dia 20 de Fevereiro, quando alguns animais chegaram à instituição por terem perdido, tal como os donos, a sua casa. Na altura, a SPAD pedia a todos aqueles que quisessem contribuir para o trabalho desenvolvido pela associação, que cedessem casotas de plástico (já usadas ou novas) para que os animais ficassem devidamente 'recolhidos'.

O apelo da associação regional chegou à Alemanha e a 'Anima', que não é alheia às dificuldades da SPAD, rapidamente tratou do envio de 10 casotas grandes.

Serão estas casotas que, na próxima quinta-feira, dia 25 de Março, a partir das 14h30, serão entregues no Canil Municipal. No local, um grupo de cinco voluntários estará disponível para desempacotar as casotas e prepará-las para que possam ser finalmente utilizadas pela SPAD.

Recorde-se que há já vários anos que a 'Anima' tem vindo a colaborar com iniciativas desenvolvidas na Região. Nos últimos tempos a instituição alemã tem financiado campanhas de esterilização gratuitas no Porto Santo e têm sido vários os animais errantes (cães e gatos) que são enviados para a Alemanha todos os anos, para casas e famílias que a 'Anima' encontra para os receber.

Só em 2008, a 'Anima' recebeu na Alemanha um total de 28 cães que foram depois esterilizados e entregues a novos donos. No ano passado voltaram a ser vários os animais da Madeira recebidos pela Associação. Muitos deles foram 'Huskies', cães que embora de 'raça' são muitas vezes abandonados e recolhidos pela SPAD por não se adaptarem ao clima ameno da Madeira.

18/03/2010

Cão extremamente obediente e inteligente

Salvo dos escombros quase 30 dias depois



Inacreditável a capacidade de sobrevivência e resistência de um cão......
 

Um cão foi ontem resgatado com vida, em São Gonçalo, durante limpezas no local
Data: 18-03-2010 

Uma situação singular para quem presenciou. Ontem de manhã, um grupo de trabalhadores de uma empresa especializada na área da construção civil encontrou, durante uma operação de limpeza na zona de São Gonçalo, um cão preso entre escombros, resultantes da tragédia do passado dia 20 de Fevereiro. Quase um mês depois, e para surpresa de todos, o animal encontrava-se bem, embora com as patas de trás partidas, já que estavam presas por pedras, impedindo, assim, que se soltasse e fugisse do local. Pelo que também constataram, ao longo destes dias, o 'cocker' preto foi ajudado por um outro cão que, fiel, lhe fazia companhia. Segundo o DIÁRIO apurou, quando o animal foi solto e levado pelos bombeiros - entretanto chamados - para a Sociedade Protectora dos Animais Domésticos (SPAD), o cão que o protegia correu atrás do carro.

"Foi pena não levarem os dois juntos, visto que pareciam ser grandes amigos", contou um trabalhador que se encontrava no local. Como o animal era de raça e se encontrava bem tratado, apesar das circunstâncias, tudo leva a crer que tivesse dono e que tenha sido apanhado pela enxurrada.

O cão foi encontrado ontem de manhã, por volta das 10 horas, quando um grupo de trabalhadores retomou as acções de limpeza perto do Palheiro Golf, em São Gonçalo. Depois das limpezas iniciais, os trabalhadores voltaram ontem ao local para continuarem os trabalhos.

O DIÁRIO tentou ainda apurar, junto da SPAD, o estado do animal em causa, mas foi-nos recusado qualquer acesso a informações por parte da direcção da instituição.

12/03/2010

Gato sobrevive a um mês dentro de frigorífico

Um gato de um ano de idade sobreviveu a cerca de um mês trancado dentro de um frigorífico no condado de Northamptonshire, no sul da Inglaterra.

A sociedade protetora dos animais britânica (RSPCA, na sigla em inglês), que resgatou o felino no final do mês passado, informou que ele sobreviveu ao frio de -2ºC da câmara comendo ervilhas congeladas e bebendo o líquido que escorria das comidas armazenadas no local.

O porta-voz da empresa responsável pelo frigorífico informou que funcionários da empresa haviam visto o bichano fazia algum tempo, mas não conseguiram resgatá-lo porque ele se escondia.

Então, eles pediram a ajuda da sociedade protetora dos animais, que conseguiu atrair o gato com leite e comida.

Desde então, o gato que ganhou o nome de Frosty ("coberto de gelo", em tradução livre) está sob os cuidados da entidade.

"É incrível que Frosty tenha sobrevivido por tanto tempo em um ambiente tão inóspito", disse Steve Sellars, porta-voz da RSPCA.

Mas o felino não saiu incólume do episódio. Suas orelhas e seu rabo congelaram e tiveram de ser amputados parcialmente.

Mesmo assim, Frosty parece estar se recuperando bem.

"Ele é um gato adorável e se tornou muito brincalhão. Nós estamos trabalhando por sua total recuperação e para conseguir um novo lar para ele", disse Sellars.
In http://g1.globo.com/Noticias/Mundo/0,,MUL1520317-5602,00.html

Um excelente contributo para a promoção da Madeira

Video com música do Luis Jardim e acompanhadas de excelentes imagens da Ilha.
Este vídeo encerrou a Gala da SIC no passado dia 28 de Fevereiro do corrente.

Animais não incluídos no processo de realojamento

Animais não incluídos no processo de realojamento

 

'Pata' já recebeu dez pedidos de famílias que não podem levar os cães para a nova casa
Data: 12-03-2010 

Muitas das famílias que devido ao temporal ficaram sem casa, estão também a ficar sem os seus animais domésticos. Isto porque, ao serem realojadas em apartamentos, muitos são os condomínios que proíbem a permanência de cães nos andares e as famílias são forçadas a 'deixar para trás' os animais de companhia.

Fátima Gonçalves, responsável pela associação PATA, diz que já não há mais capacidade em termos de espaço para acolher mais cães que também perderam o seu lar no passado dia 20 de Fevereiro. "Acolhemos três cães e já tivemos pelo menos outros 10 pedidos, mas não temos possibilidades para ajudar", afirma. Fátima Gonçalves diz ainda que tem conhecimento de famílias que conseguiram entregar os seus animais a pessoas de confiança, familiares e amigos que rapidamente se disponibilizaram a ficar com os cães e gatos. Porém, muitos não têm essa sorte. Entre algumas das famílias que 'perderam' a casa no temporal e que estão a ter por isso acompanhamento psicológico, o facto de não poderem ter os seus animais de companhia nos novos lares tem sido levantado como factor acrescido de ansiedade, diz ainda.

"A situação é complicada", afirma a responsável pela PATA, porque se as pessoas não conseguem uma instituição ou alguém que possa acolher os animais, acabam por ter de os abandonar, mesmo sem querer. Aliás, é exactamente isso que Fátima Gonçalves acredita que aconteceu com os três cães que recentemente apareceram junto ao MadeiraShopping. São animais jovens, bem tratados e alimentados e um deles tem mesmo uma coleira e uma corrente partida. Tudo isto é sinal de que, mesmo recentemente tiveram dono, alguém que cuidou dos animais, mas que por alguma razão teve de parar de o fazer. A responsável pela PATA gostaria de ter possibilidade de os acolher antes que algo de mal aconteça, mas não tem mesmo condições de o fazer.

Fátima Gonçalves apela a que as autoridades que estão responsáveis pelo processo de realojamento pós-temporal comecem também a pensar em soluções para os animais de companhia destas famílias.
Ana Luísa Correia

05/03/2010

Pequenos Heróis na catástrofe

Quatro equipas cinotécnicas da GNR estiveram envolvidas nas operações de busca e salvamento, ajudando a localizar várias vítimas do temporal que assolou a Madeira
Data: 05-03-2010 

Para Sacha e Timmy, a procura por vítimas é um mero jogo, uma maneira de receberem a desejada recompensa dos tratadores. Os dois cães da equipa de busca e salvamento da Guarda Nacional Republicana (GNR) estão longe de perceber o quão valioso é o trabalho que executam e que permite resgatar sobreviventes e cadáveres nos mais variados cenários de catástrofe, como sucedeu recentemente na Madeira.

Foram quatro (duas já retornaram ao continente) as equipas cinotécnicas da GNR envolvidas desde o passado dia 21 de Fevereiro nas árduas operações de busca e salvamento, desde Santo António à Serra de Água, passando pelo Monte e pelo centro do Funchal. Incorporadas em equipas de socorro que juntaram também bombeiros e outros polícias, foram incansáveis a percorrer de cima a baixo as zonas onde se alojaram as terras desprendidas das encostas, mais as ribeiras, a costa e os parques de estacionamento.

"Para eles é, de facto, um jogo, mas para nós, tratadores, salvar alguém no meio de uma catástrofe é uma sensação indiscritível, algo que não se consegue explicar", regista o 1.º sargento António Silva. "Costuma-se dizer que dar à luz é humano, salvar vidas é divino", acentua. Do mesmo modo que a recuperação de um corpo é também um contributo para que a família possa prestar uma última homenagem a quem faleceu.

Há 14 anos nesta brigada (a GNR foi pioneira na formação de equipas cinotécnicas em Portugal em 1996), o sargento António Silva desenvolve actualmente o seu trabalho em parceria com o Timmy - um 'border collie' com cinco anos. A outra equipa que se mantém na Madeira é composta pelo cabo Rui Cortez e pela Sacha, uma fêmea de raça 'golden retriever' e com seis anos. É importante referir que cada binómio homem/cão trabalha em exclusivo.

Vítima sinalizada pelo ladrar

O sinal de que foi detectada uma vítima é dado através do ladrar. Que, no entanto, pode ter algumas variantes que o tratador imediatamente reconhece. "Se o cão ladra convictamente há a certeza de que existe ali uma vítima", explica o militar da GNR. Se, por outro lado, "o cão não tem a certeza, ele fica na zona, cheira e raspa". Mas mesmo nestes casos é sempre dado o benefício da dúvida ao animal.

"O cão não é nenhum computador, mas normalmente nós dizemos que eles podem falhar na instrução, mas não falham na actividade normal", assinala. Muito embora seja certo que "um conjunto de factores no local podem influenciar o trabalho do cão", nomeadamente "a proximidade das pessoas"; mesmo que o animal esteja preparado para trabalhar ao mesmo tempo que as equipas de resgate. "Só que o trabalho fica mais dificultado", acrescenta, razão pela qual muitas vezes é solicitado que as pessoas se afastem dos locais de busca.

Estes cães especializadas em busca e salvamento têm a particularidade de estarem treinados "para agir em variados cenários", independentemente "de se fazer sentir frio ou calor", de as operações se efectuarem em zonas "de pedra, de lama, de neve ou de água", seja "em planície, montanha, serra ou mato denso", regista António Silva. "São cães que se adaptam perfeitamente a todos estes tipos de cenário, porque já os conhecem", regista o tratador.

Por detrás destas acções no terreno estão horas e horas de intenso treino, de ensinamentos que são incutidos no cão desde bem pequeno e onde a palavra 'busca' se assume, por norma, como ordem de comando. "Para o cão trata-se de uma espécie de jogo, onde a recompensa - que pode ser uma bola ou um outro qualquer objecto - só lhe é dada se ele cumprir o objectivo para que foi treinado", explica.

No caso concreto dos cães de busca e salvamento, o treino é feito de forma a que o cão, para receber a sua recompensa, tenha de detectar o odor humano. É por isso que, acrescenta o 1.º sargento António Silva, nos cenários de catástrofe "é importante irmos para o terreno nos primeiros cinco/seis dias", numa altura em que os corpos se encontram mais preservados.

Na Madeira, regista, as condições climatéricas ajudaram à realização das buscas. "O cão reage melhor perante o frio do que em situações de tempo mais quente, uma vez que a lama ajuda a preservar o corpos, enquanto o calor apressa as alterações", explica.

Equipas cinotécnicas chamadas ao estrangeiro

As equipas cinotécnicas da GNR já participaram em operações de busca e salvamento em catástrofes no estrangeiro, nomeadamente na Turquia (onde detectaram duas pessoas com vida, cinco dias após o terramoto), Irão, Argélia e Marrocos.

A GNR dispõe também de outros cães que desenvolvem variadas acções específicas: desde os pisteiros aos guarda-patrulha, passando pelos especializados na detecção de droga, de explosivos, de dvd's e até de agentes incendiários. No quadro desta força policial constam ainda cães especializados na detecção de sinais de sangue e um outro especificamente treinado para a localização de cadáveres no âmbito da investigação criminal.

O comando regional da Madeira da GNR também possui uma equipa cinotécnica que, contudo, não pôde participar nas operações desencadeadas neste temporal, devido ao cão se encontrar numa fase de convalescença.

Há várias raças de cães que revelam maior predisposição para as buscas e salvamento, a saber: 'pastor alemão', 'pastor belga Malinois', 'golden retriever', 'retriever labrador', 'border collie', 'cocker spaniel' e 'schnauzer miniatura'. O tempo de actividade de cada cão depende, para além da sua saúde, das características das raças.

António Gouveia guedes: "um motivo de orgulho para a GNR"

O comandante regional da Guarda Nacional Republicana (GNR), Tenente-coronel António Gouveia Guedes, faz questão de relevar a importância do trabalho desenvolvido pelas equipas cinotécnicas na Região.

"A GNR mandou para a Madeira os seus melhores elementos, cujo trabalho, como se pôde constatar, foi crucial para responder às exigências deste tipo de catástrofe", regista aquele responsável, lembrando que nestas situações específicas, onde se verificam vítimas soterradas, a acção das equipas cinotécnicas "é fundamental".

Gouveia Guedes acrescenta que estas equipas de socorro "são um motivo de orgulho para a GNR", sobretudo porque se trata de um trabalho "muito específico, que requer muito treino e muita experiência, e que só mesmo os especialistas é que o conseguem realizar". O comandante regional da GNR aproveita para salientar "o grande empenho e dedicação das equipas cinotécnicas", que, de resto, considera ter sido uma característica comum "a todas as entidades que colaboraram nas operações", bem assim aos próprios populares. "Cada um à sua maneira, todos contribuíram para o resultado que nós todos vemos: termos a Madeira, não direi numa situação de normalidade, mas já com uma imagem de recuperação", assinala.
 http://www.dnoticias.pt

01/03/2010

Funchal renascido

A todos aqueles que contribuíram para o "renascer" da nossa capital, aqui fica o meu reconhecimento pessoal!

 
  
  
  
  
  
  
  
 

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