06/07/2009

Obesidade Animal


A obesidade é uma doença influenciada por múltiplos factores, em que a alimentação não é a única responsável, mas também a idade, o sexo do animal, o seu modo de vida e a sua alimentação.

É uma doença que não é fácil de se tratar, predispondo a outras doenças graves, tais como: diabetes, patologias articulares, patologias cardíacas, hipertensão, dificuldades respiratórias, entre outras.

Um animal considera-se obeso quando apresenta um peso corporal 20% acima daquele que seria o peso corporal óptimo para a espécie.

O aumento de peso ocorre, sempre que a ingestão excede o gasto, ou seja, quando o animal consome mais energia do que aquela que utiliza.

Existem raças com maior predisposição à obesidade, animais em que a proporção entre a massa gorda e a massa magra está aumentada. Um exemplo de raça de risco, são os cães Labrador Retriever. Nos gatos, as raças Abissínio e Siamês são raças mais magras, encontrando-se as outras com a mesma tendência.

A esterilização nos animais tem grande influência para o ganho de peso, devido não só à alteração hormonal, mas também ao grande aumento do sedentarismo. Estudos demonstram que a incidência da obesidade é de aproximadamente 15 % nos animais não esterilizados e de 32% nos animais esterilizados.

Os animais não têm capacidade de regular o seu consumo alimentar, devendo ser os donos a fazê-lo por eles. Por vezes, aquando da alteração da rotina diária ou introdução de um novo animal, a ansiedade despoletada faz com que os animais ingiram imediatamente o alimento, sem a intervenção do factor saciedade.

O que fazer para contornar esta situação?

1- Diminuir a ingestão diária ou escolher um alimento adaptado para redução de excesso de peso;
2- Exercício físico adequado,
3- Evitar guloseimas entre as refeições. Estas contêm por vezes tantas ou mais calorias, do que aquelas que o animal ingere na sua dieta diária;

O objectivo principal será sempre a regulação da saciedade evitando as dietas drásticas, de modo a favorecer a massa magra.

Existem no mercado diversas marcas de alimentos para animais de óptima qualidade, e que devido à sua composição e apresentação física do alimento, permitem uma redução de peso. Também poderemos optar por dietas caseiras, mas são bastante mais difíceis de preparar.

Antes de se iniciar qualquer tipo de dieta, teremos que:

a) Ter em conta os benefícios na instituição de uma dieta;
b) Determinar a quantidade de alimento em função do peso ideal e não em função do peso do animal obeso;
c) Avaliar previamente a dieta e a sua condição corporal;
d) Determinar a quantidade de alimento ingerido, tendo em conta a idade, o sexo e o peso do animal;
e) Utilização de uma dieta baixa em calorias destinada à perda de peso;
f) Dividir a quantidade determinada para cada dia, se possível em três refeições;
g) Reajustar a dieta, caso ocorra uma perda de peso inferior a 1% ou superior a 3% por semana;
h) Fazer com que o animal pratique exercício físico;
i) Pesar o animal com regularidade;
j) Alterar a dieta caso seja necessário;
l) Evitar o jejum, principalmente nos gatos obesos, é muito importante. Deve assegurar-se que o gato obeso consuma pelo menos 60% das necessidades energéticas para o seu peso ideal. A lipidose hepática felina é uma doença que afecta principalmente gatos obesos e é complicada de tratar.

Aconselhe-se com o médico veterinário e verifique se o seu animal não sofre de obesidade!

In Consultório dos Animais - http://members.netmadeira.com/celestebento/Index.htm

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