01/09/2008

Cães assassinados com contornos de malvadez

Muitas são aquelas notícias que me deixam perplexa e indignada mas esta chocou-me de tal forma, que o facto de a ter lido em voz alta ao marido, fez-me chorar ao fim do primeiro parágrafo.

Resido no Carmo e nunca antes tive vergonha de lá morar, pelo contrário.
Julguei que naquela zona habitava gente digna e humana, no entanto estes acontecimentos fazem-me lamentar o tipo de vizinhança que tenho. Lamento também não ter tido conhecimento de nada ou me ter apercebido da aflição do pobre cão, vítima da frustração de quem não o pôde ver passar sossegado.

Suspeito que este cão tenha sido aquele que desde logo chamei de "Rasta". o "Rasta" foi um cão que começou por aparecer lá em casa sempre muito cauteloso e amedrontado. Á medida que o fui alimentando, começou a ganhar confiança e não tardou a vir atrás de mim abanando a causa quando chegava a casa no final do dia. Subitamente, deixou de aparecer e questionei-me o que lhe teria acontecido. Temo que ele tenha tido este desfecho macabro, digno de gente malvada sem um pingo de sensatez.

Faço votos para que esta gente tenha efectivamente um rosto e sejam devidamente punidos pela Lei.
Eu serei sempre determinada nesta matéria, principalmente enquanto houver "gente" como esta. Oxalá tenham o que efectivamente merecem! E mais não digo!!!!


São mais dois casos de morte de animais com contornos de malvadez.
Aconteceram em Câmara de Lobos, um cão queimado vivo com ácido sulfúrico, e na Camacha, um animal apareceu degolado.
Juntam-se a muitos outros que nos últimos dias têm vindo a ser denunciados pelos nossos leitores.

Por volta das 16 horas, do passado dia 21, os moradores da zona do Carmo, em Câmara de Lobos, saíram à rua por causa do latir intenso de um cão. Aperceberam-se de que o animal que costumava vaguear pela rua estava com a parte do dorso molhada e com aflição fugiu disparadamente para uma casa abandonada onde costumava passar a noite.
Uma das moradoras chegou mesmo a ver sair de uma casa um líquido que terá sido atirado com o propósito de atingir o animal.
Nada fazia prever que se tratasse de ácido sulfúrico misturado com água quente. A confirmação só veio depois quando o cão voltou a passar na mesma rua, após algum tempo desaparecido.
Nessa altura parte do animal estava em 'carne viva'.
Na tentativa de salvá-lo, as pessoas alertaram o caso à Sociedade Protectora dos Animais (SPAD) que contactou os Bombeiros Voluntários de Câmara de Lobos para recolhê-lo e entregá-lo aos cuidados desta instituição.
Um elemento da corporação entregou o cão no dia 26 de Agosto por volta das 14h45, e de acordo com o relatório da consulta clínica, a veterinária escreveu que se tratava de um "acontecimento lamentável" em que o cão tinha sido "queimado vivo com ácido sulfúrico e água quente".
As notas são de repúdio pela atitude de alguém que por desprezar animais afugenta-os com ácido. "Não há palavras", fez questão de escrever e aproveitou para baptizá-lo com o nome 'Sem palavras'.
A veterinária optou por acabar com o sofrimento do cão.
Os suspeitos têm rosto e tanto quanto foi possível apurar na próxima segunda-feira será feita uma queixa na GNR.

Um segundo caso repete-se há quase cinco anos no sítio do Ribeiro Serrão, na Camacha.
Um homem aponta o dedo a uma mulher de ser autora de alegados envenenamentos aos animais (galos, porcos). E mais recentemente terá degolado um cão. O caso aconteceu a 8 de Março, por volta das 23 horas.
Os donos do animal ouviram o cão a ladrar e pouco tempo depois foram encontrá-lo morto.
Sobre esta mulher recaem vários processos sobre maus tratos a animais mas nenhum ainda chegou a ser sentenciado. Uma situação que deixa o queixoso desesperado.
Sobre os alegados maus tratos, o homem explica que se trata de actos vingativos por questões de desentendimentos por causa de uma parcela de terreno.
O queixoso, assim como os familiares, disse ter recebido várias ameaças por parte deste mulher.
A continuar assim, vai recorrer às altas instâncias para que tomem as devidas medidas e impeçam a ocorrência de novos actos.

Dnoticias, 30-08-08

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