04/09/2012

O "dilema" de animais em apartamentos...

Se você mora em uma casa espaçosa, é muito fácil ter um animal de estimação. Mas para quem reside em um apartamento, nem sempre as condições são tão favoráveis.

Para ter um bicho de estimação, é preciso saber primeiro quais são as necessidades da espécie escolhida. Os cães, por exemplo, possuem regras básicas para se conviver com eles.

Regra 1: Cães precisam de ESPAÇO, pois necessitam se exercitar, gastar energia e, originalmente, são animais andarilhos.

Regra 2: Cães precisam de COMPANHIA, porque a espécie vive em matilha e cachorros são sociáveis, não gostam de ficar sozinhos muito tempo.

O desejo de ter um cachorro, para algumas pessoas, começa assim: "Gostaria de ter um cão. Moro num apartamento não muito grande e trabalho fora o dia todo. O cão tem que ser pequeno e silencioso. Que raça eu devo escolher?". Como manter um animal em um local pequeno e sozinho o dia todo? O cão será infeliz e vários problemas irão aparecer, como latidos, uivos (afinal, os cães que não estão contentes têm direito de protestar), problemas com a vizinhança, destruição dos móveis da casa, estresse, etc..

Quem mora em um apartamento grande não deve pensar que poderá ter um cão de raça grande para combinar com o ambiente, ou de temperamento agitado. Lembre-se da regra 1: cães precisam de espaço! E o seu conceito de espaço e o do seu cão podem ser bem diferentes. A maioria das raças grandes serve para a caça, guarda ou trabalho. E na inexistência de condições que satisfaçam os instintos caninos de farejar, cavar, correr e estar ocupado a maior parte do tempo, aguarde a eminente destruição do seu apartamento.

O modismo também atinge o mundo animal. Periodicamente aparecem a raças que 'estão na moda'. E nem sempre elas combinam com a vida num apartamento. Um exemplo disso são os cães da raça labrador. Muitos se entusiasmaram pela simpatia da raça e a exposição incansável desses cães em propagandas. Mas poucos que resolveram se aventurar a ter um labrador em um apartamento, conseguiram manter seus animais por muito tempo. Labradores são muito ativos e precisam de espaço.

Cães, mesmo os bem pequenos, que vivem confinados em áreas de serviço ou varandas não podem ser felizes. Para esses, falta tudo. Espaço, companhia... E é muito fácil encontrar animais nessas condições porque os donos não querem que eles sujem a casa.

Um apartamento não é o melhor lugar para criar um cão, mas ele pode se adaptar caso lhe forem oferecidas condições para o seu bem-estar. E para isso, também há regras:

Regra 1: Escolha raças pequenas ou médias. As mais adaptadas são: poodle, yorkshire, maltês, fox terrier, shnauzer, pinscher, dachshund, etc..
 
Regra 2: Mesmo que seu cão tenha livre acesso ao apartamento, ele precisa passear e se exercitar. Leve-o para a rua 3 vezes ao dia, por 30 minutos, no mínimo. Cansado seu cão ficará mais tranquilo.

Regra 3: Ofereça a ele brinquedos ou ossos de couro para roer. Isso evita o 'tédio' e problemas comportamentais, além de diminuir a chance dele roer os móveis da casa ou desenvolver dermatites psicogênicas, como lamber as patas incessantemente por falta do que fazer.

Regra 4: Ter companhia não significa deixar o cão aos cuidados de uma pessoa que sequer olha para ele. O cão quer atenção e gosta de brincar. Tire um tempo para brincar com seu cão diariamente.

Regra 5: Não deixe o cachorro sozinho o dia todo. Ele pode e deve ficar algumas horas sozinho, desde filhote, para se acostumar com a ausência do dono e para não se tornar um cão dependente. Mas ele não deve ficar isolado o dia todo.

Regra 6: Se houver um parque ou praça perto de sua casa, leve seu cão para passear por lá. O contato com plantas e outros cães fará bem ao seu animal. Você não tem amigos? Seu cão também gosta de fazer amizades!

Regra 7: Não esqueça que você tem vizinhos! E eles não têm a obrigação de ouvir seu cão latir o tempo todo. Há muitas maneiras de tratar o cão que late compulsivamente. Muitos cachorros que latem em excesso estão infelizes, pois os donos não seguem as regras anteriores.

É claro que um cão poderia ser bem mais feliz morando numa casa com um grande jardim, ou então em um sítio ou chácara, onde pudesse correr e brincar à vontade. Se você não pode oferecer isso, pense bem antes de ter um cão e, caso decida ter, saiba que você precisa assumir o compromisso de dar uma boa qualidade de vida a ele. Para o cão se adaptar a vida em apartamento, você terá que se adaptar ao modo de vida dos cães.


Fonte: webanimal.com.br

Pensamento do dia..

O que mata um cão de rua não é somente o abandono; O que mata um cão de rua são os muitos que passam por eles e nada fazem

02/09/2012

Os cães sentem mesmo os nossos problemas

Cães aproximam-se de pessoas que demonstrem angustia
Foto: Getty Images

Os cães talvez tenham maior empatia connosco do que qualquer outro animal, incluindo nós próprios. Confortar pessoas angustiadas, por exemplo, pode estar mesmo implementado no cérebro canino.
Um recente estudo, publicado na Animal Cognition, concluiu que os cães podem ser realmente os melhores amigos do Homem, sobretudo se a pessoa estiver de alguma forma angustiada. Essa pessoa angustiada nem precisa de ser alguém que o cão conheça previamente.
“Eu penso que existem bons motivos para suspeitar que os cães são mais sensíveis ás emoções humanas que qualquer outra espécie” disse a co-autora Deborah Custance à Discovery News. “Nós domesticamos os cães por um longo período de tempo e fizemos uma criação seletiva para eles se comportarem como nossos companheiros. Assim, os cães que responderam de forma sensível ás nossas pistas emocionais tiveram maiores chances de serem os escolhidos como animais de estimação e de criação” concluiu.
Custance e a colega Jennifer Mayer, ambas do departamento de psicologia da University of London Goldsmiths College, expuseram 18 cães a 4 encontros separados de 20 segundos cada com humanos, entre os quais se encontravam tanto os donos como estranhos.
Numa das experiências, as pessoas emitiram sons a simular aflição e fizeram de conta que estavam a chorar. A maioria dos cães tentou confortar a pessoa, independentemente de ser o próprio dono ou um estranho. Os cães atuaram de forma submissa, aninhando-se e lambendo as pessoas. As investigadoras afirmam que este comportamento é consistente com empatia, preocupação e tentativa de dar conforto.

Fonte: Mundo dos Animais

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